Foi apresentado no dia 18 de julho o livro D. Jorge Ortiga – Semeador da alegria e da unidade. Na ocasião, o arcebispo primaz mostrou-se agradecido pela homenagem e muito agradado pelo título: «Alegria e comunhão são duas palavras que me dizem muito. A minha missão é esta: semear, semear a Palavra de Deus, a alegria da vida». Mas considera que «é um título incompleto: gostaria que me desse mais alguns anos para continuar a compor este hino à alegria e à unidade na vida para mim e para os outros». Deixa o desafio: «É um título que entusiasma, que me entusiasma e que gostaria que fosse uma proposta: ser cada um de nós também este semeador, semeador de alegria. Vale a pena testemunhar a alegria, muitos sorrisos e empatia em vez de tantas outras coisas e vale a pena envolver-se nesta aventura da unidade que é uma aventura divina e não pura e simplesmente humana.»
No dia da memória litúrgica de São Bartolomeu dos Mártires, antigo arcebispo de braga, D. Jorge lembrou palavras do seu antecessor. «“São precisas mãos largas e língua curta.” Na causa da alegria e da unidade tenho de ser mãos largas para construir e não apenas língua. Será um desafio para todos.»
O livro tem uma entrevista de vida, testemunhos pessoais de todos os antigos bispos auxiliares de Braga vivos e do atual e fotografias da vida de D. Jorge Ortiga. O autor Ricardo Perna, jornalista da FAMÍLIA CRISTÃ, revelou o gosto em conhecer melhor D. Jorge Ortiga e salientou as «coincidências divinas que marcaram a vida» do arcebispo de Braga. «Também é nossa função de jornalistas contar histórias bonitas e belas, e a história de vida de D. Jorge é isso mesmo. A sua vida é uma mão cheia de coincidências divinas aproveitadas de forma sublime pelo D. Jorge: a coincidência de a sua formação coincidir com o fim do Concílio Vaticano II foi uma pedra basilar que lhe marcou a vida e marcou o caminho que a arquidiocese de Braga tem feito nestes 20 anos sob a sua direção. O seu desejo de unidade é tão grande que consegue ao mesmo tempo confrontar conservadores com a introdução de violas na animação litúrgica e progressistas com a defesa da reintrodução do Rito Bracarense por ser necessário nunca esquecer a Tradição.»
Coube a D. Nuno Almeida, atual bispo auxiliar de Braga, a apresentação da obra. O prelado destacou «fios de ouro que percorrem a obra toda»: «o fio da alegria, do fio da capacidade de suscitar relacionamentos de amizade e de comunhão, o fio da paixão contagiante pelo carisma da unidade de Chiara Lubich [fundadora do Movimento dos Focolares] traduzido em empenho missionário por uma Igreja comunhão e por um mundo unido». D. Nuno Almeida afirmou que «permanece no rosto do D. Jorge a alegria da primeira hora». O bispo auxiliar defende que no livro e na vida «D. Jorge desafia-nos incansavelmente a um modo novo de fazer pastoral, muito mais feliz, mais pastoral. O senhor D. Jorge sabe apontar-nos o caminho da missão».
O cónego João Aguiar Campos, prefaciador, salientou que o livro tem «matéria muito densa de reflexão, de perspectivas de ontem, de hoje e de amanhã».
Veja aqui as fotos e o vídeo do evento: