O professor José Mattoso, exprimiu grande admiração por esta obra e desejou que o trabalho de investigação sobre as iluminuras medievais possa continuar. Para historiador, as iluminuras não são «apenas figuras bonitas, têm uma carga analítica muito profunda». Defende José Mattoso que representam «a fala de Deus para com os homens, de uma maneira inesperada», e referiu que é muito bom que tais obras estejam disponíveis para todos. «Em Portugal escondeu-se durante muitos anos a riqueza patrimonial das fontes que se dispõem, e por isso é bom que apareçam estas obras, que as dão a conhecer», disse durante a apresentação do catálogo. «As fontes que estão guardadas nos arquivos, se não forem dadas a conhecer ao público, é como se não existissem. Quando li esta obra vi iluminuras que não via há muito tempo porque estavam há muito guardadas», referiu.
Patricia Stirnemann, do Institut de Recherche et d'Histoire des Textes, referiu o gosto em contribuir na metodologia da obra, descascando o trabalho do autor em dar a conhecer «todas as bíblias, mesmo as que não estavam inventariadas e estavam esquecidas». Na opinião desta especialista francesa, «muitos já fizeram este tipo de trabalho», mas foi a primeira vez que viu um «feito com tanto prazer.»
O autor do livro, Luís Correia de Sousa, destacou que a obra é mais do que a sua tese. «Toda a primeira parte é uma viagem iconográfica pelo mundo da Bíblia, única no mundo, que interessará a todos os que gostam de história». Para o investigador do Instituto de Estudos Medievais da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, «a mais-valia desta obra é que, numa exposição, apenas se veem as iluminuras das páginas que estão abertas, e aqui vemos muito mais do que isso».
«Sacra Pagina» está disponível em todas as livrarias e em www.paulus.pt
