A Basílica dos Mártires, em Lisboa, foi palco, na noite de quarta-feira, do lançamento do livro Via-Sacra para crentes e não-crentes de José Luís Nunes Martins, Paulo Pereira da Silva e Francisco Gomes (fotografia).
Os autores explicaram que esta é uma obra que pretende chegar «a todos», através de duas reflexões que têm muito que ver com os seus autores, dois crentes. «Foi muito fácil aceitar este convite» do José Luís Nunes Martins, começa por explicar Paulo Pereira da Silva. «Já fiz muitas vias-sacras ao longo da vida» e este trabalho possibilitou uma vivência e «uma reflexão muito pessoal». Paulo Pereira da Silva esclarece que muito embora seja uma proposta, este é um trabalho sem «pretensões». Como autor, gostaria que a obra «pusesse pelo menos uma pessoa a rezar», o que o levaria a sentir um dever de missão cumprida.
José Luís Nunes Martins não conseguiu precisar o exato momento em que surgiu a ideia para esta obra, mas a mesma resulta de um interesse pessoal pela temática da «morte e do sofrimento» e a via-sacra «é o ponto mais alto da devoção cristã nesses termos». A este interesse pessoal juntou-se a convivência com o padre João Resina que «tinha por hábito dizer que a coisa ou era simples e rigorosa e ia chegar a toda a gente ou então não tinha grande valor.» Foi essa a ligação. A universalidade da vida e da mensagem de Jesus justificou uma obra dirigida a todos sem exceção. Esta obra prentende ser um «instrumento de evangelização», uma «ponte de diálogo e de ligação entre as pessoas», na linha do que «tem sido pedido pelo Papa Francisco», afirmou o diretor-geral da Paulus, pe. Rui Tereso.
A apresentação da obra ficou a cargo de Marcelo Rebelo de Sousa que, durante o seu discurso, destacou a novidade, o amor e a partilha nela contidos e a complementaridade entre a mensagem de cada um dos autores «um parte do concreto para o abstrato e outro do abstrato para o concreto». Marcelo Rebelo de Sousa referiu ainda que a mensagem da via-sacra está presente na vida de todas as pessoas, independentemente de serem ou não serem crentes, não só pelo sofrimento, mas pela esperança. «É um caminho que fazemos todos os dias». Para o professor, a obra não termina no trabalho dos autores e, por isso «ninguém tem de
agradecer nada a ninguém, estamos a cumprir a nossa missão.»
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