Um genocídio de proximidade

Depois de Auschwitz e de Lemkin, de Nuremberga, da euforia humanitária do início da década de 90 e da promessa de “nunca mais”, a comunidade internacional falhou no Ruanda, fazendo muito pouco e muito tarde, perante uma tragédia à porta fechada.
Vinte anos passados sobre este episódio, depois dos massacres no Darfur e no ano em que o mundo assiste à perseguição e eliminação dos católicos no Iraque, continua a ser necessário e urgente falar de genocídio.
Teresa Nogueira Pinto faz a crónica dos três meses no Ruanda em que cerca de 800,000 tutsis foram mortos numa caça ao homem diária destinada a eliminar uma minoria étnica, refletindo sobre as origens do genocídio e as respostas nacionais e internacionais encontradas para tentar fazer justiça num país dividido entre vítimas e carrascos.